Os perfumes despertam inúmeras imagens em nossa
fantasia o aroma de belas flores, o misticismo das religiões, o erotismo das
mil e uma noites, a sensualidade e os mistérios do oriente. Quando abrimos um
vidro de perfumes e uma nuvem de fragrância se espalha no ar, não podemos
imaginar o esforço que foi feito, há milhares de anos, para retirar da natureza
o segredo desse aroma. O perfume faz parte de nossas vidas e tem um papel
importante em nossas relações. Pode influir inconscientemente sobre a atração
ou repulsa por uma pessoa, criar uma aura de mistério, mudar nosso estado de
espirito, evocar sentimentos recordações e despertar paixões.
Os perfumes fazem com que a mulher se sinta
melhor, mais cuidada, mais atraente. Ela passa a se expressar por ele,
projetando uma imagem de si mesma, reafirmando sua personalidade, seduzindo e
prolongando sua presença...
O aroma que escolhe e a maneira de se perfumar
permitem determinar traços de seu caráter, envolvendo-o numa atmosfera de desejo,
atração e curiosidade.
Agora você vai conhecer um pouco desse mundo das
substancias sutis e embriagadoras, que tanto excitam a imaginação e despertam
nossos sonhos.
Eles são tao antigos quanto a humanidade. O nome
perfume vem do latim, per fumum – por fumo - , que designava a fumaça das
resinas e madeiras aromáticas colocadas sobre o carvão em brasa nos altares,
para agradar aos deuses. Em todas as culturas antigas, encontramos o perfume
intensamente vinculado aos cultos religiosos, principalmente na Igreja Catolica
e nas religiões da China e da India. Os povos que se destacaram na arte da
perfumaria foram os hebreus, os gregos, os romanos, os árabes e os egípcios,
que não limitaram o uso dos perfumes aos cerimoniais religiosos, usando-os para
perfumar rainhas e faraois. Materiais aromáticos já eram conhecidos na antiga
China, India e Egito antes da era Crista. Os fenícios enviavam para o Ocidente
gomas odoríferas da Arabia, canfora da China e canela da India. Os gregos e os
romanos perfumavam seus vinhos com rosas e violetas. Os gregos fabricavam
riquíssimos vasos para óleos aromáticos, alguns de efeitos medicinais. Os
perfumes passaram rapidamente do estrito uso religioso para a toalete, o que
começou a acontecer com o desenvolvimento da marinha mercante. Os navios
venezianos levaram para os palácios e castelos da Europa toda as especiarias da
Asia: canela, canfora, noz-moscada, cravo, almíscar e muitas gomas aromáticas.
Quando os portugueses abriram a rota marítima para a Indias, esse comercio
cresceu ainda mais. No século XVI, o perfume já desempenhava um importante
papel na Europa. Na época, a higiene pessoal era quase inexistente. Quando
muito, passava se um pano molhado pelo rosto e as roupas eram trocadas só a
grandes intervalos de tempo. Assim, em vez de agua e sabão, usavam se
substancias aromáticas com substancias aromáticas odoríferas vegetais e animais
bem fortes e penetrantes.
Hoje, os europeus ainda tomam menos banhos que
nos, devido as condições climáticas, mas o perfume tem uma função mais nobre,
despertando qualidades e valorizando a mulher.
Agua de colônia: numerosos elixires e outros
preparados alcoolicos precederam a aparição da agua de colônia. Os mais famosos
foram a Agua da Rainha da Hungria e a Agua de Melissa, cuja formula e
propriedades inspiraram o criador da agua de colônia, o italiano Paolo
Firminis, que a desenvolveu na cidade de Colonia – dai seu nome. Nessa época, a
agua de colônia ainda era usada só como um poderoso curativo. Quando novas leis
sofre produtos farmacêuticas obrigaram os produtores a declarar suas formulas
(o que arruinaria os negócios), eles acharam preferível vender a agua de
colônia como um produto perfumado para a higiene pessoal, como é utilizada ate
hoje.