18 de ago. de 2020

Metade ideal

Amo-te porque em ti, minha impetuosidade encontrou refreio

Porque tua doçura retemperou a intrepidez dos meus anseios

E tua serenidade mesclou de paz meu turbilhão.

Aprendi contigo que o silêncio, as vezes é de ouro

Na tua quietude descobri mais um tesouro

E na tua disciplina, a sábia voz de um Rei.

Amo o encanto da tua fala, a magia do teu sorriso

Amo o teu retrato, a tua prudência e até a tua timidez

Amo o teu jeito único

E mil vezes eu te amaria outra vez.

Humana, também amo o invólucro que aninha teu ser

E assim, amo teu corpo, teus olhos, teu cheiro

Amo em ti o que não morre, e o que em ti, há de perecer.

Já não questiono se tua ausência é um bem ou um mal

Apenas submeto-me passiva, ao traçado do meu destino

Que aparta-me de ti e me priva da minha METADE IDEAL.