23 de dez. de 2012
Natal
1 de nov. de 2012
Alfajor Blend
1 de out. de 2012
Pearl Jam - Last Kiss
Tom: G
Intro:G Em C D G
G Em
Oh where, oh where can my baby be?
C D
The lord took her away from me.
G Em
She's gone to heaven so I've got to be good,
C D G
so I can see my baby when I leave this world.
G Em
1. We were out on a date in my daddy's car,
C D
we hadn't driven very far.
G Em
There in road, straight a head,
C D
a car was stalled, the engine was dead.
G Em
I couldn't stop so I swerved to the right,
C D
I will never forget the sound that night.
G Em
The screamin tires, the burstin glass,
C D G
the painful scream that I heard last.
G Em
Oh where, oh where can my baby be?
C D
The lord took her away from me.
G Em
She's gone to heaven so I've got to be good,
C D G
so I can see my baby when I leave this world.
G Em
2. When I woke up the rain was pouring down,
C D
there were people standing all around.
G Em
Something warm going through my eyes,
C D
but somehow I found my baby that night.
G Em
I lifted her head, she looked at me and said,
C D
"Hold me darling just a little while!"
G Em
I held her close, I kissed her our last kiss,
C D
I found the love that knew I had missed.
G Em
And now she is gone, even though I hold her tight,
C D G
I lost my love, my life, that night.
G Em
Oh where, oh where can my baby be?
C D
The lord took her away from me.
G Em
She's gone to heaven so I've got to be good,
C D G
so I can see my baby when I leave this world.
G - Em - C - D G - Em - C - D G - Em - C - D .......
22 de set. de 2012
William Shakespeare
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"
21 de ago. de 2012
24 de jul. de 2012
Acarajé com sardinha
25 de jun. de 2012
FOLHA ANOS 20 FRIVOLIDADES - A VIDA PARISIENSE FRIVOLIDADES - A VIDA PARISIENSE
As artificialidades da Cidade-Luz tremem diante do
espectro da Grande Noite, que sucede a todos os faustos principescos.
Publicado na Folha da Manhã, segunda-feira, 5 de
outubro de 1925
Neste texto foi mantida a grafia original
Com a exposição de Artes Decorativas, Paris
movimentou-se este ano. Mas Paris não necessita de semelhantes atrativos
para ser doce na primavera... O que ela já possui de si é já bastante.
Mas Paris tem uma vida muito mais agitada durante
a primavera e os primeiros dias do verão. É então que se fala na capital
francesa quase todas as línguas e muito pouco o francês. É que de todos os
países afluem visitantes à grande Cidade-Luz.
Assim Paris é a cidade da moda, que não decai,
apesar dos seus inúmeros inconvenientes.
E, como é cidade da moda, é uma cidade artificial.
Tudo em Paris é artificio.
As mulheres principalmente revestem-se da mais
espantosa artificialidade. Uma parisiense moderna - porque também ha
parisienses que não são modernas, - mal acaba de comer e toma logo do seu
espelhinho portatil do seu estojo de carmim, para avivar o vermelho dos labios.
Mas não é só: tinge de preto os olhos, dá coradura às maçãs do rosto, de comum
desprovidas de côr, alisa os cabelos, penteia as sobrancelhas e polvilha-se de
qualquer perfume.
Essa operação complicada é repetida pelo menos
umas dez vezes por dia.
Coisa inutil tudo? Ah! não: O lapis de carmim é
feito com glycerina e cacao, de sorte que evita que os labios se abram em
chagas. Os cremes e os pós resguardam a pele. Os diversos preparados que se
põem nos olhos têm a sua utilidade: uns evitam o estrabismo, outros, a queda
das pestanas. As loções fortalecem os cabelos. E assim por diante.
Mas no meio de todas essas drogas ha muito
preparado que só pode fazer mal... Donde se conclui que...
O perigo comunista invade Paris.
Já se registraram diversos atentados de origem
sovietica e é com calafrios que se aguarda a "Grand Nuit".
Sabem o que é a Grande Noite? Não. Nem tampouco
nós, diz-se que é a madrugada tragica de uma era em que se trocam os papeis - o
acaso do regime contemporaneo, as trevas donde brota uma luz livida.
Paris, que tem sido theatro de tantas revoluções,
teme de presenciar mais essa que se anuncia.
E teme porque a sua vida é toda artificial e o
artificial não resiste aos embates de uma avalanche demolidora.
Entretanto Paris não deixa de ser o que Paris tem
sido - a cidade alegre das futilidades e das coisas espantosas, com os seus
museus multiseculares, as suas obras de arte e outras coisas que se salvam do
torvelinho vão da vida dos boulevards...
Frivolidades... Sim Paris tem muita frivolidade,
mas não se pode negar que tem tambem muita e muita grandeza.
Mas a frivolidade avulta.
Para os sisudos, o segredo da frivolidade
estriba-se de ordinario, em um pudor precioso para a tristeza propria e em uma
lastima graciosa para a tristeza estranha.
Mostra-se frivolo é um modo de mostrar-se cortes.
Mas é o modo mais dificil.
É por isso que o parisiense é estremamente cortes.
A sua vida é toda frivola e cheia de
articialidade...
10 de mai. de 2012
BARBIE
Mais de 40 anos de história
Nunca um brinquedo refletiu tão bem o comportamento de uma época quanto a quarentona Barbie, uma boneca que acompanhou todas as mudanças dessas últimas quatro décadas. Ela é rica, bonita, famosa, inteligente e está sempre na moda. Tem o namorado perfeito e muitos amigos que a adoram. O mundo Barbie é cor-de-rosa, feito de sonhos e fantasia, onde tudo é possível. É o que garante o slogan "be anything".
A Barbie é um sucesso absoluto, tanto em vendas [é a boneca mais vendida no mundo. São 120 milhões de exemplares a cada ano, o que significa que duas Barbies são vendidas por segundo] quanto em popularidade [ela é a queridinha de crianças e adultos de todo lugar].
BARBIE História
Foi Ruth Handler, esposa de Elliot Handler [fundador da empresa norte-americana Mattel] quem teve a idéia de fabricar uma boneca adulta, que até então só existia em papel [na verdade, a boneca alemã Lili, feita de celulóide, é anterior à Barbie e pode ter inspirado Ruth Handler]. Mãe de três filhos, Ken, Skipper e Barbara, ela não teve dúvida quanto ao nome da nova boneca: Barbie, o diminutivo de Barbara. Mais tarde, Ken viria ser seu namorado e Skipper sua irmã-boneca.
Encomendada ao designer Jack Ryan, em 1958, ela foi lançada oficialmente na Feira Anual de Brinquedos de Nova York, em 9 de março de 1959. Barbie foi apresentada como uma modelo teenager vestida na última moda. Aliás, a imagem da boneca sempre foi a de uma top model, símbolo de sucesso, beleza e juventude.
Loura e vestida com um maiô listrado em preto e branco, a boneca nasceu com o corpo de manequim, longas pernas e cintura fina, as medidas perfeitas para os seus 29 cm de altura.
Ela já trazia modelos de roupas e acessórios que podiam ser trocados, ou seja, tudo o que pudesse identificar o universo jovem dos final dos anos 50: vestidos rodados, calças cigarrete, luvas e até um modelito para ir ao trabalho como designer de moda (1960).
A moda dos últimos 40 anos pode ser contada através da Barbie e sua coleção de estilos e modelos. Sempre na última moda, ela reflete as mudanças do mundo feminino. Em 1961, ela ganhou um namorado, o Ken, que tinha o tipo do ator de cinema Troy Donahue. Ken também sempre acompanhou a moda da época, munido de vários modelos e acessórios, além de variar o corte do cabelo de acordo com o último estilo jovem.
Os anos 60 corriam e a Barbie era a típica garota americana, com seu twin-set de lã e faixas no cabelo [perucas que vinham em três cores: loura, castanha e ruiva]. Em 1962, se vestiu de Jacqueline Kennedy, exemplo de elegância e bom gosto, com o famoso tailleur cor-de-rosa.
O desenvolvimento de uma cultura genuinamente jovem, as mudanças na moda, música e estilo de vida chegaram até ela. Surgiu Twiggy, em 1967, vestida de tubinho mini [claro] e botas amarelas, no melhor estilo londrino da época, moderna e divertida. Em 1965, ela ganhou pernas flexíveis e, em 1968, seu rosto ganhou um aspecto ainda mais jovem, com longos cílios e olhos azuis. Fechando a década, roupas floridas, estampas psicodélicas, grandes óculos e uma nova amiga, a primeira boneca negra, Christie (1969).
Durante os anos 70, assim como a juventude da época, Barbie acreditava na paz universal, fazendo música e explorando formas alternativas de viver. As minis, viraram midis e maxis. Os cabelos cresceram e o visual se tornou hippie. Em 72, ela ganhou um trailer, passaporte para uma vida mais próxima à natureza, com suas saias de retalhos e vestidos românticos estilo Laura Ashley.
Também havia o estilo Malibu (71), de pele bronzeada, cabelos louros bem claros e pronta para surfar.
Com o sucesso da onda disco, Ken ganhou uma versão John Travolta [no filme "Embalos de Sábado à Noite"]. O casal encarnou várias celebridades da época, sempre com muito brilho e sucesso, a bordo de seu novo carro - um modelo rosa-choque esportivo.
Os anos 80 foram marcados pelo glamour e mistura de proporções das roupas. Barbie apareceu em versão seriado Dallas, com cabelo estilo Farrah Fawcet, tudo com muito glitter e lábios vermelhos. Mangas bufantes e blusas transparentes faziam parte do figurino. Em 1982, a maquiagem virou item obrigatório e já fazia parte dos acessórios da boneca.
A mania fitness da década, o estilo alegre das roupas, a mulher de negócios, o glamour dos modelos de festa, os símbolos pop da época, como Madona e Whitney Houston, tudo isso fazia parte do mundo Barbie dos anos 80.
Barbie chegou aos 90 dirigindo uma Ferrari, se divertindo, cantando e dançando. Seus cabelos estavam mais compridos que nunca e suas roupas cada vez mais sofisticadas. Em 1992, sempre politicamente correta, ela se candidatou à presidência dos Estados Unidos.
Entre os diversos estilos adotados por ela, estavam a Barbie rap, roqueira, salva-vidas, médica, dentista, ginasta e uma super-Barbie, com capa cor-de-rosa. Em 1996, ela ganhou uma amiga paraplégica, Becky, que vinha com uma cadeira de rodas.
Ken, o eterno namorado, não ficou para trás, ganhou uma versão Brad Pitt em 1999. Nesse mesmo ano, as tops Claudia Shiffer e Naomi Campbel também ganharam suas versões da boneca.
Dotada de um corpo mais flexível, Barbie chegou ao ano 2000 como uma mulher moderna, que trabalha, e por isso precisa de vários novos acessórios, como computador e celular.
Um modelo comemorativo foi lançado para comemorar os 40 anos da boneca, que vem usando um vestido longo preto com detalhes em prata e um buquê com 40 rosas vermelhas. Um luxo!!!
A Barbie de hoje reflete o comportamento e os desejos das garotas de todo lugar. Ela pode ser o que quiser, sempre com estilo e claro, na última moda.
Primeira Barbie, de 1959
Barbie anos 50
Barbie anos 60
Barbie anos 70
Boneca da modelo Twiggy, símbolo dos anos 60
Modelo comemorativo 40 anos Barbie (2000)
Barbie fitness, febre dos anos 80
Becky, a amiga paraplégica (1997)
18 de mar. de 2012
PRETINHO
Um Clássico do Guarda-Roupa Feminino
Audrey Hepburn em cenas do filme "Bonequinha
de Luxo", de 1961
Um vestido preto sugere sofisticação, poder e
sensualidade. Um verdadeiro curinga no armário das mulheres, ele é tão básico
que combina com praticamente tudo, o que lhe permite ser usado durante o dia
com tênis, mochila e acessórios coloridos, ou à noite, numa produção mais
elaborada.
O surgimento do que hoje chamamos de
"pretinho básico" data de 1926, ano em que a revista
"Vogue" publicou uma ilustração do vestido criado por Chanel - o
primeiro entre vários que a estilista iria criar ao longo de sua carreira.
Antes dos anos 20, as jovens não podiam usar preto
e as senhoras o vestiam apenas no período de luto.
A década de 30 começou com a grande depressão,
resultado da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, e terminou com a 2ª
Grande Guerra. Além de estar fora de moda a ostentação, as mulheres estavam
saindo para trabalhar fora de casa. Nesse cenário, as roupas para o dia
tornaram-se mais sérias e o vestido preto se mostrou perfeito para a nova
mulher que surgia.
Apenas em 1947 o vestido preto se transformou, ano
em que o estilista francês Christian Dior lançou o seu New Look, um novo estilo
de roupas, com cinturas apertadas e quadris avantajados, valorizando as formas
femininas. O uniforme dos anos 50, que se espalhou pelo mundo, era um vestido
preto, com golas e luvas brancas, usado com um colar de pérolas, sapatos
coloridos e uma estola de pele. Acabou assim, junto com a guerra, o modo
simples e econômico de se vestir.
O pretinho tornou-se realmente famoso nos anos 60
e início dos 70. Chique, usado por Jacqueline Kennedy, elegante e feminino no
corpo de Audrey Hepburn, no filme "Bonequinha de Luxo", de 1961, cujo
figurino foi criado pelo estilista francês Hubert Givenchy, e descontraído,
feito de crochê, na pele da atriz Jane Birkin, em 1969.
Após a moda psicodélica da década de 70, a cor
voltou para disputar poder com os homens, nos anos 80. Preocupadas com o
sucesso profissional, as mulheres precisavam de uma roupa simples e elegante,
que fosse a todos os lugares. Mais uma vez, o vestido preto se tornou a melhor
opção.
Nos anos 90 ele continuou sendo uma peça básica do
guarda-roupa feminino, feito com os mais diversos tecidos, do modelo mais
simples ao mais sofisticado, usado em todas as ocasiões e em todos os horários.
Por tudo isso o vestido preto se tornou o grande clássico do guarda-roupa
feminino, aquele que garante as duas características básicas ao mesmo tempo -
simplicidade e elegância.
14 de fev. de 2012
27 de jan. de 2012
CHANEL
A Mulher do Século 20
Com estilo e elegância, Gabrielle "Coco"
Chanel revolucionou a década de 20, libertando a mulher dos trajes
desconfortáveis e rígidos do final do século 19. Um verdadeiro mito, Chanel
reproduziu sua própria imagem, a mulher do século 20, independente,
bem-sucedida, com personalidade e estilo.
O estilista alemão Karl Lagerfeld é, desde 1983, o
diretor de criação da marca Chanel, tanto para a linha de alta-costura quanto
para a de prêt-à-porter. O estilo clássico criado por mademoiselle,
revitalizado por Lagerfeld, atravessou o século 20 e se tornou atemporal.
Eu criei um estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel".
Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da
moda; Chanel não sai da moda."
Coco Chanel
Símbolo de status
A bolsa com alças de corrente dourada, o colar de
pérolas, o tailleur e o vestido preto são os símbolos de elegância e status que
marcaram para sempre a história da moda. Mas foi o seu perfume, o Chanel nº 5 -
tido como o mais vendido no mundo -, que a tornou milionária.
O perfume foi criado em 1921 por Ernest Beaux a
pedido de Gabrielle Chanel, que sugeriu: "Um perfume de mulher com cheiro
de mulher". Dentro de um frasco art déco - que foi incorporado à coleção
permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York em 1959 -, o Chanel nº 5 foi o
primeiro perfume sintético a levar o nome de um estilista.
VIDA E CARREIRA
Nascida em Saumur, França, em 19 de agosto de 1883, Chanel chegou a Paris aos 16 anos. Logo conheceu o milionário criador de cavalos, Etienne Balsam, de quem tornou-se amante. Mais tarde, em 1910, conseguiu, com ajuda de amigos e do próprio Balsam, abrir sua primeira loja, onde vendia chapéus.
Foi também noiva do herdeiro inglês do carvão
Arthur Capel, que a ajudou a abrir sua segunda loja em Deauville, na época um
centro elegante da França. Capel morreu em 1924, vítima de um acidente
automobilístico.
Em 1925, Chanel iniciou uma estreita amizade com o duque de Westminster, que a situou no mais alto escalão da aristocracia parisiense. Amiga também do compositor Stravinski - o qual se apaixonou por ela -, o coreógrafo Diaghilev, a bailarina Isadora Duncan, os artistas Jean Cocteau, Picasso, Salvador Dalí e outros igualmente célebres, Chanel esteve sempre ligada às principais correntes artísticas da primeira metade do século 20.
Chanel libertou a mulher das faixas e cintas, dos
corpetes apertados, das saias amplas de múltiplos babados e franzidos do fim do
século 19 e começo do século 20.
Em 1916, ela introduziu na alta-costura o jérsei
de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha
fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na
frente e acinturados em estilo militar.
Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e paetês eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado.
O vestido negro, simples, com gola e mangas largas
e punhos, a jaqueta de corte reto e a saia simples foram inovações da
estilista.
O nascimento do chamado "pretinho
básico" data de 1926, quando uma ilustração na revista "Vogue"
mostrava o vestido desenhado por Chanel - o primeiro entre vários que iria
produzir ao longo de sua carreira.
Seus modelos simples, ao alcance da mulher de bom
gosto e de poucos recursos, foram muito imitados e confeccionados em mais
categorias de preços do que qualquer outra criação da alta-costura.
Foi ela também quem introduziu as falsas jóias ao mundo da moda. Chanel sempre gostou de usar muitos acessórios, como colares de correntes ou pérolas de várias voltas.
Em 1939, no início da Segunda Guerra, a estilista
decidiu fechar suas lojas. Ela acreditava que não era uma época para a moda.
Mudou-se para o hotel Ritz e conheceu o alemão Hans Dincklage, espião nazista,
de quem tornou-se amante.
Em 1945, foi para a Suíça, voltando a Paris
somente em 1954, ano em que também retornou ao mundo da moda. Sua nova coleção
não agradou aos parisienses, mas foi muito aplaudida pelos americanos, que se
tornaram seus maiores compradores.
Chanel morreu em Paris, no dia 10 de janeiro de
1971, aos 87 anos, em sua suíte particular no hotel Ritz.
FRASES
DE CHANEL
"Sou contra uma moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera."
"Uma mulher vestida de claro raramente fica de mau-humor."
"A natureza nos dá o rosto dos 20 anos. A vida modela o dos 30. Mas temos que merecer o rosto dos 50."
"Aos 50 anos a mulher é responsável por seu rosto. Ninguém é jovem aos 50. Costumo dizer aos homens: acham que ficam mais bonitos carecas?"
"Sou a última do meu gênero. Não terei sucessores. Espero apenas que o meu exemplo não seja esquecido muito depressa".
"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa".
"A moda, como a arquitetura, é uma questão de proporções".
"As roupas velhas são como velhos amigos. Nós os conservamos. Gosto de roupas como gosto de livros: para pegar, mexer nelas."
"Os homens que querem se fazer notar pelas
roupas são uns cretinos. As mulheres podem sobreviver a quase todas as formas
de ridículo; um homem ridículo está perdido, a menos que seja gênio."